"Enquanto não conseguirmos suprimir qualquer uma das causas do desespero humano, não teremos o direito de tentar a supressão dos meios pelos quais o homem tenta se livrar do desespero."
Antonin Artaud

sábado, 4 de abril de 2009















Adiquiri através da rede de sebos virtuais estantevirtual.com.br mais uma grande obra por preço bastante acessível, desta vez uma do velho fantástico Borges.
"O Livro dos Sonhos" é uma compilação de textos selecionados, parafraseados e visitados por Borges sobre o tema que o próprio título propõe.
O livro chegou ontem. Ainda não dormi desde então, porém me senti sonhar um pouco, mesmo que acordado, algo como uma vigília permeada de entressonhos.
O foleei algumas vezes e peguei alguns fragmentos aleatoriamente.
Aqui, coloco alguns momentos que me peguei relendo por ter me visto interessar bastante sobre tal excerto escolhido (sobre alguns trechos).



"La vie est un sommeil, l'amour en est le rêve..."

("A vida é um sono, o amor é o sonho dele...", Shakespeare)




O sonho do rei

- Agora está sonhando. Com quem sonha? Sabes?
- Ninguém sabe.
- Sonha contigo. E se deixasse de sonhar, o que seria de ti?
- Não sei.
- Desaparecerias. És uma figura de um sonho. Se esse rei despertasse, tu te apagarias como uma vela.
(Lewis Carroll, Aventuras de Alice através do espelho, 1871)




O consciente e o inconsciente

Em sua autobiografia, Jung conta um sonho impressionante (mas qual não o é?). Achava-se em frente a uma casa de oração, sentado no chão e na posição de lótus, quando notou a presença de um iogue mergulhado em profunda meditação. Aproximou-se e viu que o rosto do iogue era o seu. Aterrorizado, afastou-se, acordou e se pôs a conjecturar: é ele que medita; sonhou e eu sou o seu sonho. Quando ele despertar, eu já não existirei.
(Rodericus Bartius, Os que são números e os que não o são, 1964)






marcus tulius.
(Foto: Hassan Farahani)

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