"Enquanto não conseguirmos suprimir qualquer uma das causas do desespero humano, não teremos o direito de tentar a supressão dos meios pelos quais o homem tenta se livrar do desespero."
Antonin Artaud

sábado, 29 de setembro de 2007

il; Sua Tragédia de ser

Encontrou-se uma tristeza que não cabe ao corpo. “O meu amor está chorando”. Construíram-se notas musicais para impregnar uma passagem ao som que se possa de alguma forma conceituar da maneira, mais simples ou ridícula (que seja), sobre emoção, para quando assim perceber, se tocar (ao som) de que tudo aquilo passou. A maldade que emerge do humano é unidade gigantesca, é o mal próprio, nada mais o é, e soa como se fosse pouco. Você não chora porque mesmo as lágrimas secam, e não se pode. Você engole porque quando você pensa em matar você torna-se você ao avesso, e ai é um você que não se sustenta sobre si, -as pernas cambaleiam como nunca. Você não tem auxilio exterior algum porque tuas conotações sobre resolução perpassam uma rota que o trilho mudou, você é contraste aberração. Você não age porque você é omisso, e ao mesmo tempo você vê que sua felicidade é o sangue do outro, a partir do momento que você mingua, mingua em um mínimo triplo. Você é semente ensangüentada, grito de sofrimento, nascido de uma angustia que não aliviará jamais. Você volta para o mundo teus sentimentos hostis, ou amor, porque você se julga catalisador de emoções; e é aquele que cospe situações na propriedade da promiscuidade projetando um covarde que antecede cada emoção posterior. Teu reflexo é a freta entre tuas dimensões e caras corruptas, todas elas, é o álibi de uma unidade existencial recíproca, a unidade de sorrir ao espelho.

Trajeriano dr

another one dreaming

Era uma festa litorânea, com uma movimentação intensa, e bem sei que são das lembranças e estética compostas por uma certa curva deste continente referente a um lugar de Tamandaré . Era Tudo totalmente fosco e confuso; era uma festa, tinha um barco, posteriormente alguns arqueiros que fizeram lançar-me ao mar. Antes, me recordo de um outro cenário, e ao mesmo tempo a sensação posterior que construí foi que sonhei duplo e simultaneamente, não seqüencialmente. Durante a festa litorânea, um pensamento me apertava, o de ter certeza que um carro certamente já tinha sido inserido no andar de minha casa, então eu estava no litoral e dentro da minha casa nesse pensamento que projetei dentro do sonho. Minha casa é comprida, e lá estava Xuxa, que era alguém que me apresentava uma dinâmica e eu atentava cuidadosamente. Como de praxe nas aulas que compõe minha ocupação acadêmica, a maioria dos que lecionam são do sexo feminino, e assim explica-se um pouco desse fato estapafúrdio. Eu brigava comigo mesmo para entender como um carro ali se encontrou, no interior da minha própria casa (refletindo com a mão no queixo). E seguindo uma idéia da composta no texto “Un rêve” , essa divergência seria o álibi que compõe meus paradoxos reflexivos em conflitar as questões mesmo as que ali estão, calmas e imóveis. Quando me dei conta de que aquele conflito opaco não passara de mais uma conflitiva imóvel, eu voltei e me foquei a situação no mar, fugindo das flechas daqueles arqueiros invisíveis que atiravam às águas, daí então decidi prosseguir neste percurso com mais cor, era dia, eu propus a idéia de atravessar o oceano já que percebi que minha situação tratava-se de um idílio, desenvolvi uma proteção e fui coberto por palhas de bananeira em forma de cruz, o que tinha como significado maior me proteger da vida marinha. E assim pude me perceber agindo naquele instante; nadando, boiando, e logo avistando a próxima costa, que seria uma África de índios americanos (pela estética que na minha memória tem de índio). Essa costa lançava coqueiros altos da terra próxima ao mar de uma maneira que eles se postavam lindamente como a franja do litoral a sombrear o mar, eu admirei aquilo intensamente. Já na beira pude visualizar um caminho largo, onde a terra da planície dividia a selva adentro. Comecei a perceber as pessoas, a sobrevivência toda imposta pelas condições da selva, as crianças e as situações. As cobras eram muito presentes e o ato de andar às vezes só era possível com auxilio de algumas cordas pesadas (que conotei como correntes) de maneira que as chutando (e conseqüentemente se movendo) adiante simulasse o rastejar de uma mesma serpente. Os pássaros eram as olheiras, e todo conjunto de espécie ditava uma condição para ali se estar. Aqui, nesta parte eu me identifiquei muito no sonho quando se trata da relação humano/selvagens. A posição é justamente a oposta, com submissão aos reis (bichos) para uma suposta sobrevivência, a postura me encanta muito, porém assim não torna aquelas pessoas como humanos dos que faço parte. Perfeito. Eu me senti muito bem de ter construído este sonho tão belo, as pessoas que criei nem refletiam (no aspecto de lembrar, ou preocupar-se) com a submissão, que assim se tornava do meu viés. Minha posição foi de contraste, eu não poderia fazer dali meu habitat, tudo girava em torno de (e soava como) uma passagem bem rápida se relacionado ao percurso que tracei, e eu pensava, logo-logo sinto que este sonho vai dissolver-ser, o que tenho para fazer mais? O quê? O quê? E isto representa justamente os momentos que busco na introspecção coletiva que difundo com mais próximos. Logo quando me indaguei o cenário apagou as luzes.

Sonhos é meu paradigma sobre à auto-inserção no infinito, sendo ou não tudo que carreguei do passo anterior.

Puor “un rêve”.

domingo, 23 de setembro de 2007

Diário de Praia (João de Castro)



"Sonhar é uma dádiva sobre a matéria."

com que gosto ela virá?

Eu sei que determinada rua que eu já passei,
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida?
Existem tantas... um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada.
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

Oh morte, tu que es tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...



(Raul Seixas, Canto para minha morte)







Hoje eu escutei bastante o velho Raulzito. E quando ele falou isso que tá escrito aqui em cima eu coloquei pra escutar outra vez e outra vez..

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Un rêve


Um sonho tem a propriedade de colocar-nos em situações que podem refletir, com algum nível de ligação, o que vivemos e sentimos quando acordados. Essa última noite (do dia "não-importa-qual"), sonhei e lembrei-me do sonho assim que acordei (ou apenas não esqueci-o em momento algum). Na verdade, recordo-me de dois sonhos que tive durante essa noite citada, porém farei referência ao qual percebi mais fundo de significado e ligação com o awake-time (tempo-desperto).Descrever um sonho é uma tarefa um tanto impossível de ser feita plenamente, ao ponto de atingir o completo entendimento sobre quem lê a descrição. Porém, ouso a tentativa de usar breves explicações e referências ao sonhado, visando passar ao menos uma longínqua idéia do que me foi passado pela cabeça.Estava eu e mais algumas pessoas. Não muitas, embora mais que uma e não mais que três. O lugar onde estávamos era montanhoso, algo como um vale, entre morros e campos, onde o verde prevalecia. As imagens não me vêm muito claras, mas creio que era dia. Lembro-me bem que durante nossa caminhada campestre um ar de "algo vai acontecer agora, agora, ... agora..." pairava, porém nada ainda acontecia. Só a sensação da iminência de algum acontecimento, o qual esperávamos sem saber o qual. A recordação seguinte é a de uma enxurrada de água ter começado a jorrar pelas entranhas do vale, vindo sempre de encontro ao lugar que estávamos. O chão mais ao fundo (na parte mais baixa do vale) começava a se tornar um rio de água marrom, barrenta, pois era essa a cor da água (como água proveniente de chuvas violentas, porém não chovia). Tudo que nos importava nesse momento era subir. Subir para o topo do vale, escalar as paredes montanhosas do morro que estava à nossa frente, ir para longe da água que soava bastante perigosa. Mas quanto mais subíamos, distanciando-nos da água, mais água existia, e tinhamos que subir mais. Nesse momento faço uma breve pausa no andamento da descrição do cenário para falar sobre as pessoas das quais recordo-me a presença nesse momento. Minha mãe estava em algum lugar no sonho, embora eu não possa recordar exatamente onde (talvez em minha mente). Spock estava do outro lado do rio (o fundo do vale já havia se tornado um rio de água corrente e relativamente violenta). Entre eu e Spock havia uma forte correnteza que impedia-o de vir para o lado onde eu estava, que era o lado que eu acreditava que continha a única saída para "salvar-nos" da enxurrada crescente. E é nesse ponto que chego aonde pretendia quando comentei sobre o fato dos sonhos terem a faculdade de refletir o nosso estado desperto, digo refletir de alguma maneira não tão exata, maneira essa muitas vezes metafórica, se é que podemos denominá-la assim. Recordo-me vagamente de chamar "Venha velho (Spock), se jogue na água e venha pra o lado de cá enquanto é tempo, vamos! Senão a água vai lhe levar. Eu lhe ajudo! (dando a mão nesse momento)". E parece que ele queria vir, olhava pra mim buscando coragem ou algo do tipo para pular, mas ainda não vinha. E esse momento durou bastante, até que ele veio. Veio e nesse momento olhamos em direção à montanha para seguir em frente com a escalada para nos salvarmos da água que subia cada vez mais. Nesse momento em que pretendíamos continuar subindo o morro, uma parede que antes não havia lá, acabava de aparecer diante de nós, dificultando nossa escalada. Mas não desistiamos. Começamos a quebrar a parede com algum tipo de marreta que nos apareceu nas mãos. Ao tempo que quebrávamos a barreira, nos aparecia o lado de lá, com mais morro para ser escalado. E escalávamos, subíamos indo cada vez mais distante da água violenta e em busca de nosso objetivo que era simplesmente sair daquele lugar que se tornava demasiado perigoso. Sinto que o sonho continuou bastante após isso, mas agora não consigo lembrar-me mais como continuava. O que ficou de interessante pra mim foi o fato de sentir meu amigo o mesmo tempo perto e longe de mim. Como se estivéssemos fortemente ligados de alguma maneira, eu diria, mais "espiritual" do que física. Pois enquanto os dois queriam estar unidos para seguir a escalada, um não ia enquanto o outro não o acompanhasse. Nesse caso, eu não seguia caminhada enquanto Spock não atravessasse o rio para o lado que eu estava e acreditava conter a saída possível (e que alguma coisa me diz, realmente continha a saída). Outra coisa que ficou pairando sobre minhas buscas por significado real do sonho, foi o fato de eu chamar Spock pra vir e ele hesitar alguns momentos antes de atravessar. É um reflexo da minha personalidade agindo sobre a do meu amigo. Como se eu o chamasse para aderir a uma das minhas certezas (hum! certezas! quem me dera tê-las comigo.) e ele contrabalanceasse com as dele antes de chegar a "atravessar o rio" de fato. Nesse caso o rio é uma bela e enorme metáfora para as diferenças que nos fazem seres humanos diferentes uns dos outros, e também para mostrar que estamos sempre aprendendo com e aderindo às idéias dos outros, principalmente às dos amigos. Nesse caso Spock atravessou e veio para o lado onde eu habitava no momento, mas poderia muito bem eu ter ido para o lado onde ele estava. Talvez se o Spock tivesse sonhado sobre isso tivesse sido assim. Outra coisa que me chamou a atenção foi o fato de sempre estar aparecendo novas dificuldades durante o decorrer do sonho, uma após outra e assim por diante. Pus aqui apenas uma parte do sonho da qual me recordo mais claramente, mas houveram vários outros momentos. Essa coisa de sempre aparecer novas dificuldades onde a visão anterior não enxergava tais dificuldades é um reflexo direto do nosso dia-a-dia, onde tudo está sempre em constante mudança, e essas mudanças trazem novos desafios e novas oportunidades e assim vamos construindo algo ao qual chamamos vida, vamos construindo nossas dúvidas e nossas certezas (embora essas últimas sejam mais escassas). Ao decorrer dessas mudanças que vão aparecendo, ao decorrer dessas mutações, dá-se algo à que atribuímos o conceito de tempo. Esse conceito de tempo está arraigado na sociedade e cultura em que estamos inseridos há séculos e nos faz aderir à uma organização sistemática do tempo e da vida que nos é imposta desde o momento em que nascemos. A grande diferença do sonho é que o conceito de tempo é extinguido, quebrado pela raiz. O que pode ter durado 10 minutos no "tempo real" parece ter sido uma existência num sonho e vice-versa. O que muitos não compreendem é que o que vivemos nesse estado que chamamos de "desacordado" onde sonhamos também é fruto direto das energias que confluem para formar nossa pessoa, nosso ser. Então também é nossa vida, também é "a gente vivendo". Depois que descobri que sonhar também é viver, minha relação com os sonhos se tornou bem mais saudável e me trouxe alguns conhecimentos, além do prazer de sonhar. Prazer em sonhar. É assim que penso sobre os sonhos hoje. Há quem diga que durmo demais, talvez eu mesmo o diga em algumas ocasiões. Enfim, durmo só porquê é assim que consigo sonhar. Se não existisse o sonho talvez eu nem durmisse, ou talvez se eu pudesse sonhar acordado, aí é que não durmiria, mas viveria num eterno "rêver" (sonhar). Opa, espera um momento, quem disse que eu não posso sonhar acordado?! Posso sim.

Marcus T.

PS.: Que revolta foi essa contra a nossa querida nação, Mago?!

domingo, 9 de setembro de 2007

Variações sobre o mesmo tema (fogo) saindo do tom.























Põe fogo em minha fala!




Enquanto falo a palavra fogo,
a fala me foge
e o fogo me consome.

Ao invés de falar as palavras, escrevo-as.
E, uma vez escritas,
atiro-as ao fogo.

Ao mesmo fogo que um dia me queimou;
ao mesmo fogo que um dia me deu luz
para ler as palavras que queimei;

Ao mesmo fogo que um dia abraçarei
em busca de palavras que não queimei,
mas que também não disse.

Não disse por medo de queimar-me.
Não disse por medo do fogo.

Fogo que agora me queima,
enquanto falo a palavra fogo.

Enquanto queimo eu mesmo a mim mesmo,
falando fogo, fogo, e me afogo sem afago.




Marcus T.























(Pinturas: Lorenzo Mattotti)

Uma imagem, uma frase, uma imagem



Uma imagem é o momento sem tempo em que existimos.





O tempo não começa nem acaba, nós é que não continuamos.





Ver e olhar são de alguma forma sinônimos mas não o mesmo; ver é uma atitude, percepção de quem procura ou encontra. A fronteira entre o olhar e ver é onde o fotógrafo se inscreve, a matéria-prima, a acção com que escreve momentos, ideais que perduram e intervêm, no pessoal de cada um e na memória colectiva da Humanidade.


Pinturas: Lorenzo Mattotti
Escritos: João de Castro

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

FOGO NA FALA

Fogo em minha imagem;
Minha singela existência, sem desejo de explicações.
A fala entorpece, falha e cansa.
Fogo aos discursos!
Sou uma paródia em traje estudantil.
Na escrita há algo mais preciso, revela diretrizes impulsivas de pensamentos que por muito não reflete a minha imagem na dose, quantia (e que seja ou não falácia), a fala corrompe e envergonha ainda mais.
Que não haja razão nas próximas existências;
Fogo nas casas prédios e estradas, nesse chão por baixo há outra história com mais vida, morta, que o asfalto tapou (Rodrigo Lima, 2000).
A escrita incorpora mais exuberância, leva ao chão, tem poder em apontar a existência simplória para lugar algum (desnortear), milhas a frente, o tempo não corrói.
Fogo neste texto, fogo neste tempo. fogo (!) na existência.

Fogo em minha imagem;
Minha fala incorpora meus desejos e repulsa desta existência.
A voz clareia os rumores de anseios, insulta e interfere; rasga!
Fogo em minha voz!
Sou uma platéia que escuta o sobressaltar da voz maior.
Na fala desenha-se um caminho, revela bifurcações, enxerga-se dúvidas cara a cara, eu grito aos pensamentos que me surgem para espancar, desafiar, é o grito da dor de existir.
Que haja um impacto vital a cada existência tal como retóricas deste tempo, para protestos oposições e escutas à Fala.
Fogo nos olhares indignados;
Que ascendam à singularidade de cada filho desta terra, que encoraje ou admita seu próprio temor na batalha.
Na fala há o poder sobre a condução, desde o mais alto escalão, ou o enfatizar refletido da mais dolorosa queda, para dar cara ao chão, para renomear ilusões, e sugerir rédeas (novamente).
Fogo para cada um. Fala para lutar com a dor. Fala para acalmar o ardor. Fala! Para direcionar uma existência, mesmo que múltipla, mas composta de um corpo crescido paulatinamente para o fim de um impulso revigorado na exuberância adquirida pela existência e o controle de si, então que assim seja, pela FALA!



... o coelho que foge ao fogo sem ritmo, nem falhas.