Olhar de Teto
Trancado no pijama do meu quarto
As folhas voam em branco.
Mísérias gloriosas enfeitam
Meus nadas.
De sapatos, o quarto
Quer que eu queira;
E, eu não quero.
Me pego em embates inúteis
Com minhas paredes.
Mas, elas são molengas;
E, eu derrubá-las-ia
Acaso houvesse-me ímpeto.
De resignado, eu calo.
Olho os olhos do meu teto
Que me olham...
E, eu finjo não vê-los...
Olhar de teto: olhar olblíquo.
André Raboni
http://www.desterritorio.blogspot.com/
marcus.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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Um comentário:
E quando é isso que se sente, um bonito e um maráca sao antidotos do melhor calibre. Eu nao amo meu quarto tanto quanto as coisas que posso fazer dentro dele... minha inspiraçao vem toda de fora.
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