Era uma festa litorânea, com uma movimentação intensa, e bem sei que são das lembranças e estética compostas por uma certa curva deste continente referente a um lugar de Tamandaré . Era Tudo totalmente fosco e confuso; era uma festa, tinha um barco, posteriormente alguns arqueiros que fizeram lançar-me ao mar. Antes, me recordo de um outro cenário, e ao mesmo tempo a sensação posterior que construí foi que sonhei duplo e simultaneamente, não seqüencialmente. Durante a festa litorânea, um pensamento me apertava, o de ter certeza que um carro certamente já tinha sido inserido no andar de minha casa, então eu estava no litoral e dentro da minha casa nesse pensamento que projetei dentro do sonho. Minha casa é comprida, e lá estava Xuxa, que era alguém que me apresentava uma dinâmica e eu atentava cuidadosamente. Como de praxe nas aulas que compõe minha ocupação acadêmica, a maioria dos que lecionam são do sexo feminino, e assim explica-se um pouco desse fato estapafúrdio. Eu brigava comigo mesmo para entender como um carro ali se encontrou, no interior da minha própria casa (refletindo com a mão no queixo). E seguindo uma idéia da composta no texto “Un rêve” , essa divergência seria o álibi que compõe meus paradoxos reflexivos em conflitar as questões mesmo as que ali estão, calmas e imóveis. Quando me dei conta de que aquele conflito opaco não passara de mais uma conflitiva imóvel, eu voltei e me foquei a situação no mar, fugindo das flechas daqueles arqueiros invisíveis que atiravam às águas, daí então decidi prosseguir neste percurso com mais cor, era dia, eu propus a idéia de atravessar o oceano já que percebi que minha situação tratava-se de um idílio, desenvolvi uma proteção e fui coberto por palhas de bananeira em forma de cruz, o que tinha como significado maior me proteger da vida marinha. E assim pude me perceber agindo naquele instante; nadando, boiando, e logo avistando a próxima costa, que seria uma África de índios americanos (pela estética que na minha memória tem de índio). Essa costa lançava coqueiros altos da terra próxima ao mar de uma maneira que eles se postavam lindamente como a franja do litoral a sombrear o mar, eu admirei aquilo intensamente. Já na beira pude visualizar um caminho largo, onde a terra da planície dividia a selva adentro. Comecei a perceber as pessoas, a sobrevivência toda imposta pelas condições da selva, as crianças e as situações. As cobras eram muito presentes e o ato de andar às vezes só era possível com auxilio de algumas cordas pesadas (que conotei como correntes) de maneira que as chutando (e conseqüentemente se movendo) adiante simulasse o rastejar de uma mesma serpente. Os pássaros eram as olheiras, e todo conjunto de espécie ditava uma condição para ali se estar. Aqui, nesta parte eu me identifiquei muito no sonho quando se trata da relação humano/selvagens. A posição é justamente a oposta, com submissão aos reis (bichos) para uma suposta sobrevivência, a postura me encanta muito, porém assim não torna aquelas pessoas como humanos dos que faço parte. Perfeito. Eu me senti muito bem de ter construído este sonho tão belo, as pessoas que criei nem refletiam (no aspecto de lembrar, ou preocupar-se) com a submissão, que assim se tornava do meu viés. Minha posição foi de contraste, eu não poderia fazer dali meu habitat, tudo girava em torno de (e soava como) uma passagem bem rápida se relacionado ao percurso que tracei, e eu pensava, logo-logo sinto que este sonho vai dissolver-ser, o que tenho para fazer mais? O quê? O quê? E isto representa justamente os momentos que busco na introspecção coletiva que difundo com mais próximos. Logo quando me indaguei o cenário apagou as luzes.
Sonhos é meu paradigma sobre à auto-inserção no infinito, sendo ou não tudo que carreguei do passo anterior.
Puor “un rêve”.
sábado, 29 de setembro de 2007
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