"Enquanto não conseguirmos suprimir qualquer uma das causas do desespero humano, não teremos o direito de tentar a supressão dos meios pelos quais o homem tenta se livrar do desespero."
Antonin Artaud

terça-feira, 27 de novembro de 2007




joão de castro e suas belas formas..
"suas" porquê a beleza da forma tá em quem a enxerga, em quem olha.. e isso ele sabe.. olhar e captar, deixando com que nós também apreciemos tal beleza..

preto no branco,
preto no belo,
belo no branco.

mais um ode a fotografia,
do corpo,
um ode ao corpo.

o corpo só é belo porquê há algo muito vivo dentro,
quando é vazio se torna plástico, e pra plástico não existe beleza.
o corpo só é belo quando há algo bem muito vivo fora,
quando é vazio, perde, cai, frouxa..

e quando se tem beleza dentro e fora...
aí eu chamo de arte.






marcus T.

3 comentários:

Sr. Peixebola disse...

Eu suguei forças que poderiam fazer expressar-me aqui, para me subsidiar aos traços. De modo que conclui que o que seria palavras tornou-se rabiscos. 3 é a composição desde espaço.

”House of cards!” pra dizer que amo vocês através da sonoridade

Gilson disse...

"e quando se tem beleza dentro e fora...
aí eu chamo de arte"

Amei esta frase. Ela me deu novos ares para examinar o mundo em volta. O que eu chamaria talvez de beleza conteudística. A estética potencial, pois ela é o que é, e deixa implícito que ainda pode ser muito mais do que um primeiro contato nos mostra.

Anônimo disse...

quando vejo vê beleza dentro e fora, me sinto realmente vivo. é uma sensação singularíssima descobrir algo assim.
já vi isso olhando pro céu invadido de estrelas mais-que-brilhantes. já vi isso num copo de cerveja, num cigarro sendo tragado. numa mulher. numa flor.
agora, saber que além disso, ainda existe mais um passo a ser dado, mais um degrau nessa descoberta da "arte" das coisas, é que me tira desse estado de realidade comum que nos acompanha no cotidiano. esse passo é dado quando entramos nessa "coisa" que é observada e realmente enxergamos a beleza que supunhamos haver dentro, e ao confirmar a existência dela, saio desse plano. saio pra um maior, mais alto. um estado de realidade não-comum me toma, fico enebriado, fora de mim, porém mais dentro de mim que nunca...