O Poema e a Água
As vozes líquidas do poema
convidam ao crime
ao revólver.
Falam para mim de ilhas
que mesmo os sonhos
não alcançam.
O livro aberto nos joelhos
o vento nos cabelos
olho o mar.
Os acontecimentos de água
põem-se a se repetir
na memória.
(Poema do livro "Pedra do Sono", João Cabral de Melo Neto)
As imagens criadas por Cabral, numa eterna meta-poesia, me fazem tê-lo como o poeta.
marcus.
terça-feira, 20 de maio de 2008
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