Pus vela em barco
Pra palpar o horizonte
Onde céu mergulha em água
Onde mar se eleva às nuvens
Quis palpar o horizonte
E vagar em terra outra
Conhecer o que há pra além
De um desfecho linear
Naveguei a todo vento
E eclodiu a tempestade
Poderosa expressão
Do que é não ter controle
Clareia o céu, descansa o mar
Para então eu perceber
Que pra além do horizonte
Há o que há em todo canto
Horizonte que se faz
No bem-ser aqui e agora
Completude grandiosa
Que nos leva à em tudo estar
(Uma possível replica ao post “horizonte” do amigo Marcus.)
Gilson
3 comentários:
amigo,
sem necessariamente contradizer-me, disseste muito mais em menos palavras.
(palavras, apenas instrumento)
consiso e experiente, o foste, o és.
vejo toda uma existência comprimir-se e dissipar-se neste teu poema.
é preciso navegar bastante no ser para perceber como percebes a partir do que vejo em tua escrita.
amigo, adimiro-o como a uma luz vezes fervente vezes calma como um lago.
amigo, vá, vamos, continuemos "sendo".
eu lembro do Dia em que nós três, no pontal de maracaípe, presenciamos o céu dividido entre o Sol e a Lua no fim do dia, em um fenômeno pouco comum... ambos os horizontes nunca estiveram tão belo.
o conteúdo de seu post é bastante interessante, marcus. Eu já pensei bastante sobre as limitações conceituais das palavras, e o quão frustrante pode ser não conseguir expressar os conteúdos inefáveis da vida, mas é assim mesmo, existem ainda outras artes que poderão também ser aplicadas para tais objetivos. Mesmo assim, que bom que existem as palavras, como é bom ler um bom livro, um poema, até mesmo conversar... Por causa delas entramos em uma biblioteca ou livraria e séculos de experiência humana estão ao nosso alcance.
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