"Enquanto não conseguirmos suprimir qualquer uma das causas do desespero humano, não teremos o direito de tentar a supressão dos meios pelos quais o homem tenta se livrar do desespero."
Antonin Artaud

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009



Escolho colocar isto, pois venho lendo este pequeno grande livro há alguns dias e tenho me deparado com linhas que me deixam sem conseguir passar a página, penetrando uma corrente de pensamentos internos que formam um ciclo quase labiríntico de idéias, opiniões e questões, enfim.
Aliás, ademais, li o que o amigo de Morais escreveu ontem e me vi quase que dentro dele (por conhecê-lo até onde conheço) percebendo seu labirinto, sua ilha.
Além disto, me remeti também ao último encontro que tive com o amigo Gilson, mais especificamente quando falávamos do aprendizado gerado ou não pelo sofrimento inerente ao tempo, à vida, quando li este aforismo contido no livro do velho Nietzsche (entre tantos outros grandiosos aforismos que este A Gaia Ciência contém).
Enfim, não pretendia me estender em minhas palavras, talvez eu não tenha algo tão definido e fixo sobre tal questão do mal necessário. Porém, deixo o velho alemão colocar algumas opiniões do seu gosto ferino sobre a humanidade e os fenômenos que a acompanham.



aforismo 19,
"O mal - Examinai a vida dos mais fecundos homens e povos e perguntai se uma árvore que deve elevar-se altivamente nos ares pode dispensar o mau tempo e as tempestades; se a hostilidade do exterior e as resistências externas, se todas as espécies de ódio,de inveja, de teimosia, de desconfiança, de dureza, de avareza e de violência não fazem parte das circunstâncias favoráveis, sem as quais nada, nem sequer a virtude, poderia ter um grande crescimento? O veneno que mata as naturezas fracas é um fortificante para as fortes... e por isso nem lhe chama de veneno." (A Gaia Ciência, Friedrich Nietzsche)






marcus.

Um comentário:

Rodrigo de Morais disse...

!!!
Reflete dentro de mim este raciocínio e me faz latejar a consciência, ao me permitir pensar de maneira aguda e lentamente a respeito. Por tanto também caber em mim,
por um pedaço que seja esta visão conclusiva e exageradamente lúcida sobre o mal.