Atento, alerta
(Egberto Gismonti)
nem sei quem sou nesta vida
pensei: que fiz neste mundo?
eu sou gente, um ser consciente
ou sou um andróide, que trabalha
vota em branco, vai ao banco?
vida amor, morta em meu "quem sou eu"?
depois me entrego em pó ao chão
atento, alerta, ao que se oferta a mim
dor, lei, guerra quente, fria chega
rompo com o mundo dos homens
forjo meu próprio viver
passo do olhar um lugar amor, camará
lute você se quiser
eu fujo armado de amor
armas de amante ansioso
brancas, polidas
eu sou desertor, desertei
eu quero achar a poesia do mundo e o poeta
que fez que a rosa rosasse
fique em mim quem padece amando
sobrepondo o amor
eu vou ser
cego, surdo, mudo ao mundo
dos que se entregam a batalhas, matam, escapam medalhas
fazem do peito um lugar a dor, camará
lute voce se quiser
eu fujo armado de amor
armas de amante ansioso
brancas, polidas
eu sou desertor, desertei
no amor eu acho a poesia do mundo e o poeta
que fez, que a lua luasse
fique em mim quem padece amando
sem descrer do amor
atento, alerta
atento, alerta
atento, alerta
sábado, 14 de novembro de 2009
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2 comentários:
Assim como "ele"..Somos o amor!
Eu honestamente estou maravilhado com tudo isso postado aqui. Espetacular o vídeo do post anterior, maravilhosa poesia!
maravilha Maravilhoso, de-mais, de mar - ar - ilha, de belo, sublime, de grandioso.
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