"Enquanto não conseguirmos suprimir qualquer uma das causas do desespero humano, não teremos o direito de tentar a supressão dos meios pelos quais o homem tenta se livrar do desespero."
Antonin Artaud

segunda-feira, 30 de março de 2009

A História sem Fim

Existe um livro chamado "A História sem Fim", o qual não li.
Acho que todos lembramos de um filme com o mesmo nome que passava enquanto éramos crianças, onde a maior referência, pra mim, era um cachorro-branco-dragão enorme que voava com um garoto através do tempo (se não me engano).
Ademais, a história é de caráter fantástico, descreve um mundo fantasioso, onde existem seres diferentes, as relações entre estes seres e com o tempo também é diversa da nossa, e todo um enredo atrativo e criativo envolve a obra.
Como não li o livro, não posso afirmar por mim, mas Dona Romênia o leu e afirma ser realmente fantástico, apesar de ser escrito para um público infanto-juvenil à primeira vista.
A densidade da fantasia criativa parece despertar um interesse que transpõe o limite de idade e abrange os interessados por outras realidades, mesmo que literárias.
Me parece ser algo como Alice, do Lewis Carroll, com casca de que é escrito para crianças porém com conteúdo adulto riquíssimo.
Transcrevo uma passagem a qual tive acesso hoje, pelo intermédio da propria Romênia, e que me deixou realmente intrigado e interessado em "entrar" nesse mundo fantasioso de realidade-não-comum proposto por Michael Ende (autor do livro).


" Todas as árvores deste país eram diferentes, tendo cada uma um porte diferente, folhas diferentes, uma casca diferente; ali era possível se ouvir o crescer das árvores como uma música suave que se ouvia ao longe, e os sons emitidos por todas as árvores combinava-se em um todo sonoro, de uma beleza incomparável, inigualada em todo o reino da Fantasia. Não deixava de ser perigoso atravessar esta região, pois muitas pessoas ficavam encantadas com essa música, sentavam-se ali para ouvi-la e se esqueciam de tudo."

Queria perder-me neste bosque e esquecer de tudo como proposto.
Muitas vezes tenho a impressão de que quando esquecemos é que realmente sabemos olhar para as coisas como elas o são de fato, autenticamente.





marcus.

Nenhum comentário: