... Do que houve
Veio outro. Veio até minha porta, veio ele, e me disse para sair.
Saio eu, entra ele, eu apenas observo, não sou seu servo, ele eu sou (a rodovia de si).
Muda os padrões, pontos de vista descartáveis, e tudo muda para sempre, a escolha me permite unicamente reparar o decorrer até que se consuma. Jogo uma perna, lanço a outra, movo os membros, percebo as idéias, interfiro com as idéias e o corpo imóvel, sou invisível, rápido, como não pude eu perceber antes? Eu volto para dentro, calmo vejo tudo tão rápido, para a esquerda vejo a imagem central, existência circular, sou a mesma imagem sempre se desfigurando no absurdo abstrato de minha percepção “ambígua” da existência. Sou vibração, afeto (o meio), na continuação, sou a constituição das emoções desordenadas. Vejo o horizonte estou para dentro e fora, que distância entre duas percepções! Quando acordo, vivi um sonho sobre sensações decoradas nunca sentidas, o beijo o sorriso a lágrima (o sexo). Veio ela, ela se foi, ela é tão bela eu não entendi (nem me era para ser) sua chegada e partida, eu a beijei, eu abracei, ela foi embora, nua, eu voltei a dormir (ou construir?), ela canta, ela é várias eu sou vários, perpassa minha existência e eu nada sou. De seus olhos aos meus era a extensão do idílio, eu nada controlo, nem minha vida dormente. Sonhei que eu tanto podia, até morrer. Nunca há precisão, são percursos, talvez rumores dos desejos, é vida, foi algo, quando se lembra (vigorosamente) é quase memória do que não foi. É confusão, que bom então. Não há razão; onde está o perigo de cá, porque do lado de lá... Vai, e nada procura (!) que tudo vem. Ah!
Catalisador
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
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