"Enquanto não conseguirmos suprimir qualquer uma das causas do desespero humano, não teremos o direito de tentar a supressão dos meios pelos quais o homem tenta se livrar do desespero."
Antonin Artaud

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Blá Blá Blá "!@#$%¨&*()_+}


The Broken-mirror of i...
A Lenda da Cadeira sem o eu
na escrita do hoje

atemporal...

Eu não sei de nada, fico rindo me olhando pensar em escrever, e agora me sinto ainda menor. Cada vez que tenho uma brecha para fitar as artes compostas por meus parceiros, o que provem da mú
sica junto em ressalto a sétima arte, é como se saísse da caverna do meu corpo, visse tudo que faço, sacar-se o que rodeia. Minha sorte é que me divirto comigo mesmo, meus pensamentos, meu humor escuro de zombar de quando penso que sou pequeno ou de quando me vejo útil, é como se falasse: “não importa o quanto você tente se apagar, amigo, teu reflexo já é algo do interior para fora dos olhos de outros grãos andantes”.
Já quis apagar-me diante do espelho, quebrei o espelho, lá estava eu esmiuçado, ridículo.
Bernardo Bertolucci! Bernardo Bertolucci é cinema! Às vezes eu penso que
ele nem existe (pra ridicularizar minha exaltação), e diante de suas películas me sinto ser seus olhos, porque eu só absorvo o tempo todo, e ganho pagando tão pouco pelo sentimento ( son of a bitch!), e eu sou um da platéia com sabor exótico na boca, o sabor da contemplação, eu sou a boca de LUCY e sua personalidade, meu deus! O que compõe a conjuntura daquela performance é meu eu feminino, paralelo pode-se postar um quadro pintado dos rumores frenéticos do interior do cosmo Gilson (ser vagante. às vezes eu sinto que enquanto eu estou num “pasto” fazendo coisas, chorando, sorrindo, rompendo, ele está na mesma posição em outra intensidade como coisas que podiam ser paralelas na mesma direção, direção alguma, somente se empurrando desde o nascimento, a gente atravessa as ruas por causa do primeiro impulso que “diz”: -agora tu começas e não parará jamais) .



Thom Yorke compõe trilha de pensamentos que não seriam possíveis sem sua melodia, penso eu, faço inferências com isso atirando pra todo lado com a boca, como charlie kaufman personagem de Nicolas Cage em Adaptation. Dessa existência eu pretendo ser algo que provoque sorrisos; da graça, de graça, do ridículo, da timidez, do êxtase, do absurdo, para que todos voltem para mim sem que eu perceba. Depois de tanto tempo, e percebendo a mudança constante na demais existências, descobri que amar uma mulher é um êxtase, meus caros, para mim, um êxtase (em uma unidade mais)! Nenhuma mulher como concebo deixa-se como estou, voltado para uma condução de si bem sentida, desde a pele numa visão rotatória e penetrante em outros as esquinas, nenhuma mulher transfere para dentro o baú de destroços fragmentados, límpidos como o cinema. Nenhum cinema substitui o calor de um abraço almejante, e nenhuma solidão composta pela imaginação constitui tal percepção em tal intensidade. É o papo de dizer que um é melhor que outro, na idiotice de esquecer de enxergar que substituição só existe pelo que concebemos como seres humanos, e o que mais é o mesmo? Duas árvores da mesma espécie não compõem a mesma estética ao pé e traços por mais minúsculos que aparentem. Não caia nas minhas certezas, se eu sou o que mais rejeita axiomas e retóricas! Escrevo compulsivamente rumores, falácias. Eu outro dia pensei que ao colocar fones e aumentar o volume eu estava projetando mais uma vez meus receios e hostilidade à mão que afaga meu coração, a dona música, e ao rotular vestígios e traços de uma certa patologia quase me espanco no segundo posterior pra ver o sangue do meu ridículo. Antes de qualquer coisa sou nascimento e movimento (posteriormente algo que se diz por instinto nesta expressão), depois do manuseio pela conduta, do C.I.S (centro da interação por socialização) sou qualquer merda que faz leitura e entendimentos duvidosos. Necessários quando preciso de um traje um cenário e uma atuação para sobrevivência superficial. Não quero escrever mais nada...

... I can see the sunset over me!

2 comentários:

Anônimo disse...

"Faça um comentário". É o que leio agora nessa tela de computador, ou melhor, é o que li segundos antes de "agora", e me pego pensando (durante as frações de segundo que separam o pensamento do começo da escrita do que acaba de ser pensado). Me pego pensando que o texto que você escreveu, o qual acabei de ler, descreveu em algumas linhas ricas o que o ser Rodrigo que conheço é hoje. Através de comentários sobre o que preenche os pensamentos, dúvidas e anseios, me vi refletido em tuas palavras, em tuas colocações. E senti uma sensação estranha. Ela veio misturada, com um tanto de felicidade por reconhecer em tuas palavras o teu "eu" que conheço, o teu "eu" que vi crescer e com o qual cresci junto e fiz crescer; porém, me senti triste, profundamente triste. Não sei porquê senti essa tristeza. Talvez seja porquê sofremos ao passo que vivemos e, inerentemente, depois de um momento feliz vem um triste pra contrabalancear. Nao sei, talvez porquê hoje eu me sinta mais distante de mim mesmo. Mas ao mesmo tempo eu penso: "será que não estaria eu sendo demasiado dramático? será que não devo ser maior que isso?". ... Talvez eu queira consumir meus sentimentos até o fim. Há um mistério no comportamento das emoções humanas. Há um mistério que paira sobre tudo, sobre a vida. E esse mistério por vezes me corroe, por vezes me dá vida. Hoje ele me corrói. Talvez amanhã ele me faça voar. Quem sabe. Seguindo o fluxo de pensamento o qual ponho à prova e solto agora, devo dizer que me sinto melhor por escrever, melhor por dizer o que sinto, talvez até mesmo sem saber se o que escrevo vai ser lido ou não por alguém que me entende. Poderia eu estar escrevendo numa outra linguagem estranha (que não nossa língua portuguesa) e estar usando tal fato como válvula de escape. Poderia sim. Poderia sair gritando na rua como louco (que sou, porém me corrompo com a racionalidade), poderia eu virar andarilho e sair andando sem rumo fixo. Poderia. Mas o que estaria fazendo? Seguindo apenas o fluxo desorganizado de dúvidas e aspirações que nos é jorrado todo o tempo. Hoje tenho vontade de segui-lo. Amanhã não. Na verdade, não sei o que fazer de minha vida, "parece". Esse computador tá me matando. Essa universidade e essa mentalidade estão me matando. Eu quero começar tudo de novo, mas parece que já é tarde. Parece que já vi minha vida toda passar, mesmo sabendo que ainda tenho muito pra viver e que tudo isso que digo, penso e sinto vai mudar. Eu vou mudar. Mas sei lá. Tudo parece tão cinza hoje.
Eu te amo mago.

MT.

Anônimo disse...

Entre aqueles ventos frios daquela visão simples e vaga (da praça noturna pós a bola vermelha esconder-se) que arrepiaram nossos corpos tão próximos, depois pude perceber tanta coisa (do estar mais uma vez e passar junto aos segundos do teu lado). Nunca me percebi tão calado do teu lado, diferente de se sentir distante. Talvez por não precisar falar mesmo, talvez por julgar entender seus sentimentos sem ao menos imaginar o que seja (mais a fundo). Agora mesmo eu não entendo a situação, falo sobre rumores do passado, agora sendo passado falo diretamente pra você para um futuro sem sacar seus olhos, refletindo sobre palavras escritas por você em pensamentos anteriores. Você, eu nunca tinha sentido daquela forma. A palavra que me descreve a sensação é “confusão”, você o que das diversas e várias vezes que reencontro preenche com vigor minha monotonia, estava tão longe... Perto somente no sonoro dos dizeres que em silencio falou muito mais de alguma coisa (que nem sei do que se trata e se me pertence saber). Foi muito bom por outro lado, desta vez eu me senti mais “carregando” você comigo, ou, limpando tuas costas do deslize que “sujou” uma parte (da alma) cujas mãos não alcança. Se eu continuar a escrever vou repetir os temas que postei refletidamente em outras palavras, então, só pra ressaltar que é muito bom amigo segurar tua mão. E sentir o peso do teu corpo nas minhas!
um grande abraço com sabor de emoções! Espero poder vê-lo nos dias seguintes pra difundir o que estiver para.